Todo mundo gosta de ganhar. Seja uma partida de futebol, uma corrida com amigos ou até mesmo bens materiais. Quando somos crianças ganhar é uma “necessidade básica”. Qualquer interação seja com adultos ou crianças logo se transforma em um ambiente competitivo e ganhar é a prioridade.
Este comportamento faz parte do desenvolvimento infantil já que os pequenos estão aprendendo regras sociais e assimilando vários conceitos, entre eles está o conceito do que é ganhar. Até os 4 anos é natural competir por tudo e pode até ser engraçado e bonitinho. Nesta fase é comum ouvir frases como, por exemplo: “o meu é melhor; o meu é maior ou mais divertido”.
O problema está quando o ganhar se torna prioridade em toda e qualquer interação. Com isso surgem outros comportamentos, como por exemplo, choros, birras, violência física e verbal. Pode ser difícil para as crianças entenderem que não é possível ganhar sempre e a partir disso lidar com a perda e a frustração.
Para evitar essa situação é vantajoso incentivar jogos cooperativos e não apenas os competitivos. Jogos em que todos precisam trabalhar juntos para chegar a um objetivo final é educativo e auxilia as crianças nessa fase. Quando não for possível trabalhar com jogos cooperativos, ressalte comportamentos cooperativos que a criança apresentou e não apenas o fato de ter ganhado.
Nesta fase as crianças se preocupam muito com si mesma e nós precisamos mostrá-las que não é assim que as coisas funcionam. Por isso desde pequenas as crianças precisam saber e, consequentemente, lidar com o que estão sentindo. Nomear e reconhecer o sentimento de alegria ao ganhar o jogo e também o sentimento de frustração e raiva ao perder.
Não é errado mostrar que você ou determinada criança ficou triste por não ter ganhado e que gostaria de ter ganhado. Desde pequenas as crianças precisam reconhecer esses sentimentos e lidar com eles, pois uma vez que estiverem passando por determinada situação vão conseguir reconhecer o sentimento e lidar da melhor maneira.
Em um outro post, já abordei que muitos pais e/ou responsáveis escondem determinados sentimentos dos filhos e como isso é prejudicial para ambas as partes. A educação emocional é tão importante quanto as demais.
Até a próxima,
Laura
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