segunda-feira, 6 de junho de 2016

Auto-estima!



Com certeza você já deve ter ouvido a frase “ Tadinho, ele tem baixa auto-estima, precisa trabalhar nisso.” ou aquela, “ nossa, você se ama né?! Sua auto-estima está nas alturas!!”


Auto-estima (auto-imagem) é a forma pela qual o indivíduo percebe seu próprio eu. É o sentimento de aceitação da sua maneira de ser. A auto-estima começa a se formar muito cedo. Desde criança, em interação com o meio, através de experiências, vai incorporando idéias sobre si, que influenciarão suas atitudes posteriores.  

Sendo assim é de fundamental importância a ação dos pais, professores e cuidadores sobre a formação desse conceito. Claro que não podemos responsabilizar exclusivamente os pais e/ou responsáveis, já que a criança está em constante interação com diversos meios.

Mas o que de fato pode beneficiar ou prejudicar este processo? A autora Tania Zagury, em seu livro,* esclarece estas questões e vou compartilhar algumas com vocês.

Para ela uma das atitudes importantes é respeitar a dignidade da criança. Ou seja, o fato da criança ser pequena não significa que ela não tenha sensibilidade nem percepção, levando a um tratamento rígido e sem respeito. Mesmo pequena, elas percebem o menosprezo e a falta de atenção. 

Descubra e ressalte as qualidades e o valor de cada criança. Desde pequeno temos características de personalidade que nos diferenciam e individualizam. Por exemplo, temos a habilidade na matemática e a timidez. O problema está em apenas ressaltar o aspecto negativo, já que com o tempo as crianças passarão a se ver como pessoas incompletas e incapazes. Lembre-se que há formas de falar e maneiras de trabalhar algo que você, por ventura, queira melhorar. Sendo assim, exponha com cuidado e amor a mensagem que você transmite.

Separe o ato do autor. Quando seu filho fizer algo inadequado, evite generalizar e não o critique como pessoa. Por exemplo: “Eu já sabia que você era um desleixado, mas depois desse boletim eu tenho certeza”.  Ao longo do tempo, a criança irá interiorizar este conceito e será difícil fazê-la acreditar no contrário. Para a autora, é importante focalizar no ato em si, como por exemplo, “Este boletim não combina com você. O que aconteceu?”. Ao fazermos isso, pais e/ou responsáveis estarão possibilitando o crescimento da criança e a superação do problema, sem abalar sua auto-estima. Dessa forma, as censuras devem se dirigir ao fato concreto e não à personalidade ou características da pessoa. 

Talvez possa ser estranho pensar na auto-estima nas crianças, pois enxergamos este conceito já definido nos adultos, mas todo adulto já passou por este processo, e de certa forma ainda está passando. Promover uma auto-estima saudável trará benefícios em todas as etapas da vida.

Até a próxima,
Laura


*Fonte: ZAGURY, T. O direito dos pais: construindo cidadãos em tempos de crise. Rio de Janeiro: Record, 2004. 8 edição.

Nenhum comentário:

Postar um comentário