terça-feira, 6 de junho de 2017

Figura paterna!

                                                                               Foto de Pascal Campion

Quando pensamos em desenvolvimento infantil e os diversos assuntos relacionados, logo pensamos na mãe, na figura materna. A relação da criança com esta figura é essencial ao desenvolvimento da criança ao longo de seu desenvolvimento. Mas e a figura paterna, o pai, o avô e até mesmo o tio? Porque falamos pouco sobre eles?


Uma vez eu li que não se nasce pai, torna-se pai. Criar e cuidar de uma criança são tarefas árduas que exigem esforço, tempo, dedicação, paciência. Pensar que educar um filho é apenas responsabilidade da figura materna é errado, cabe a figura paterna, seja esta qual for, participar. 

Nos primeiros meses de vida do bebê, enquanto ele ainda está sendo amamentado e durante o período de licença-maternidade, é normal que a mãe se dedique mais tempo ao filho. Mas depois deste período, o pai também deve estar presente em tudo. E a mãe precisa entender esse momento e deixar o pai participar e descobrir como iniciar a relação com o bebê. 

Permita que o pai também de banho, também faça a troca de fraldas e embale-o para dormir. Assim como a mãe está descobrindo este novo mundo, o pai também está e ambos precisam se ajudar e se permitir que essa relação nasça naturalmente. Por meio da figura paterna a criança será introduzida a uma relação além da materna. De modo que é normal que ela espere coisas diferentes de pai e mãe. Geralmente o pai representa proteção e a mãe representa cuidado.

Como o passar dos anos, a criança cresce e o relacionamento se transforma. Em alguns momentos o pai pode ter facilidade para lidar com determinada situação que a criança está passando e em outras pode ser a mãe que tem esta facilidade. A rotina da família, a carga de trabalho e a divisão de tarefas dentro do lar devem ser decididas em conjunto, de preferência com equilíbrio entre as partes. 

Infelizmente na nossa cultura nós não estimulamos que os meninos se preparem para ser pai. Quando um menino brinca de boneca, sua masculinidade é questionada, por isso temos modelos de pais que são apenas pais mecânicos, que apenas executam ordens, mas não estão conectados aos filhos. 


Por isso, é necessário que o pai não esteja apenas fisicamente presente, mas que contribua para a educação e a formação dos filhos, e não seja indiferente ao desenvolvimento deles. 

Até a próxima,
Laura

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